Liliana Campos recorda mãe com um poema. “A dor que as saudades causam é tanta”

Perder os pais é sempre um momento difícil de ultrapassar. Para Liliana Campos, a morte da mãe é, até hoje, passados três anos, um assunto sensível e lembrar esse momento traz sempre tristeza à apresentadora. Ainda assim, fez questão de homenagear a progenitora com um poema feito para ela.

De férias no Egipto com o marido, Rodrigo Herédia, a apresentadora lembrou com saudade a mãe, no dia em que se assinalam três anos da sua morte, mas não conseguiu pôr em palavras o que sente com a sua ausência. “Gostava de vos conseguir falar sobre o privilégio de ter sido filha da melhor mãe do mundo. Mas não consigo… As saudades são tantas, a dor que as saudades causam é tanta, que as palavras enrolam-se e tudo parece pouco”.

Por isso, a anfitriã do programa “Passadeira Vermelha”, da SIC Caras, escolheu dar a conhecer a quem a segue no Instagram um poema “de alguém que conheceu muito bem” a sua mãe, um padre a quem Liliana Campos será “eternamente grata por todo o conforto” que deu à sua família, “antes e depois de a [sua] mãe partir”:

“As mãos da Elizena,

Lá no topo de uma torre de marfim,
Mora uma mãe disfarçada de mulher
Cujas mãos são de algodão.
As mãos de Elizena,
Têm o próprio sol dentro delas
E transfornam-se em candeias
Quando não há ninguém a espreitar.
Cheiram a alfazema,
E ás vezes a jasmim, ou alecrim,
Ou outro perfume qualquer.
Às tantas até acho que sinto
As mãos de Elizena tocando em mim.
Deus ficou tão intrigado
Com o conforto destas carícias,
Quis tocar nestas mãos
E levou-as para junto de si.
Hoje as mãos de Elizena
São um cachecol divino
Onde o menino Jesus se aninha,
O Espírito se aconchega,
E o Pai se aquece.
Afinal não eram de Elizena
as mãos que eu via.
Ela tinha-as pedido emprestado
Ao próprio Criador
E teve de as devolver.
Tenho de agradecer a Elizena
Tão precioso pedido,
Não fora ela atrevida
E em Deus nunca teria tocado.”

Há dois meses, no Dia do Cuidador, a apresentadora recordou os quatro anos em que cuidou da mãe, ao lado do irmão, a quem agradeceu por tudo o que fez pela progenitora.

“Foi duro, doloroso, terrível, penoso, fatigante”, mas Liliana também garante que com o irmão vivenciou “momentos de amor únicos e inigualáveis que ficaram para sempre no nosso coração”.

TEXTO: Bárbara Mota

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.