“Roubaram-lhe a vida”. Custódia Gallego recorda os últimos dias do filho Baltazar

Depois de dois anos e meio de luta contra o cancro, Baltazar, filho de Custódia Gallego, não resistiu à doença. A atriz diz que o sentimento de dúvida é insuportável.

Custódia Gallego esteve na tarde desta quarta-feira no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, no qual passou em revista a carreira e acabou por falar de temas pessoais, como a morte prematura do filho, Baltazar, de apenas 32 anos.

A atriz, de ascendência espanhola de parte da mãe, admitiu que não esperava um fim trágico, porque “90 por cento das pessoas naquela situação tratam-se ou curam-se”.

A dúvida foi o pior sentimento que enfrentou: “Durante dois anos ou mais houve um sentimento de dúvida, que é o pior sentimento do mundo, deixa-te inerte, sentes que não tens o poder de fazer nada!”

Custódia Gallego recordou, em seguida, os últimos dias vividos ao lado do filho. “Ele vivia e trabalhava nas Caldas da Rainha, mas passou a estar lá em casa. Tive o privilégio de ter uma relação com um filho adulto que não teria noutras circunstâncias. Sei a pessoa que agora já não tenho. A companheira dele diz que ele teve uma boa vida e teve sempre o que quis”, referiu a atriz, que ainda assim não esconde a dor: “Roubaram-lhe a vida. Era só mais um tratamento e acabou por adormecer”.

O que ainda não era conhecido publicamente é que a atriz foi trabalhar de imediato, apesar de ter perdido o filho. “Perdi um filho e fui logo trabalhar a seguir. Ainda bem que fui. Não consigo dizer que não a compromissos. Tinha-me comprometido com o João Mota para fazer uma peça a partir de 3 de setembro e ele incentivou-me para ir trabalhar porque me fazia bem”, disse a Júlia Pinheiro.

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TEXTO: Rui Pedro Pereira

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