Rui Maria Pêgo organiza “manifestação silenciosa” contra os incêndios. Quatro mil já aderiram

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Rui Maria Pêgo criou um evento na rede social Facebook a apelar a uma “manifestação silenciosa” contra os incêndios que têm devastado várias regiões em Portugal. “Queremos com esta união pública, pacífica, silenciosa e, sobretudo apartidária, mostrar que estamos atentos”, justifica o radialista.

Quase quatro mil pessoas aderiram à convocatória de Rui Maria Pêgo a meio do dia de hoje, 17 de outubro: uma “manifestação silenciosa” contra os incêndios que deflagraram em Portugal, que seja uma “demonstração pública” de “um sentimento comum”, “o pesar pelas vítimas dos incêndios”. A concentração quer-se “pacífica, silenciosa e, sobretudo apartidária” e acontecerá a 21 de outubro, na Praça Luís de Camões, em Lisboa.

“Queremos ver mudanças na maneira como o país se prepara. Num momento em que temos imagens terríveis na cabeça e depois de vermos tantas iniciativas individuais fazer a diferença nas vidas de quem tudo perdeu, parece-nos necessário seguir o repto lançado no Porto e, sábado, 21 de outubro, às 16.00, juntarmo-nos, em massa, neste protesto silencioso, em Lisboa”, esclarece o radialista e filho de Júlio Pinheiro e Rui Pêgo.

“Não temos qualquer associação política e não temos o objetivo de o fazer. Esta manifestação é contra a inoperância de todos os governos. Não de um em particular. Convidamos todos a juntarem-se em união a esta hora. Obrigado”.

Rui Maria Pêgo

Além de manifestações em Lisboa e no Porto (também a 21 de outubro, às 16.00, na Avenida dos Aliados), existem concentrações organizadas em Leiria (amanhã, às 21.00, na Praça Rodrigues Lobo), em Coimbra (na sexta-feira, às 18.00, na Praça 8 de Maio) e em Braga (também na sexta-feira, às 18.00, na Avenida Central).

Centenas de incêndios deflagraram no domingo na região centro e norte do País, naquele que foi o pior dia do ano em fogos, provocando pelo menos 37 mortos e 71 feridos, 16 dos quais em estado grave. Aconteceu quatro meses depois de as chamas consumirem Pedrógão Grande, no verão, fogo que resultou em 64 mortos e mais de 250 feridos.

TEXTO: Ana Filipe Silveira