Cantar em inglês é, desde 1999, a grande tendência no Festival Eurovisão da Canção. Mas, este ano, são 14 os idiomas diferentes que se vão ouvir em maio, no Altice Arena, em Lisboa.
A vitória de Salvador Sobral, no ano passado, em Kiev, com uma pontuação recorde de 758 pontos, trouxe um novo paradigma ao velho Festival da Eurovisão. É que, desde a viragem do século, apenas um tema “não inglês” tinha ganhado o certame. Foi a Sérvia, em 2007, com “Molitva”, de Marija Šerifović, a surpreender a Europa com 268 pontos.
Motivados, talvez, por esses dois exemplos de sucesso, muitos dos participantes deste ano do concurso europeu optaram por trazer até Lisboa versões cantadas na língua do país de origem. Para além de Isaura e Cláudia Pascoal, com o tema “Jardim”, há mais 12 corajosos: Albânia, Arménia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Geórgia, Grécia, Hungria, Itália, Montenegro e Sérvia (uma vez mais).
Esta é, de resto, a maior participação de diferentes idiomas na Eurovisão desde a edição de 2013, que reuniu na final de Malmö, na Suécia, 7 versões “não inglesas”, um número que cresce para 13, se contabilizarmos também as meias-finais. Nesse ano, Portugal não levou ao Festival nenhum representante, uma decisão que foi justificada pelos maus resultados nos anos anteriores e pela instabilidade financeira no País.
O Festival Eurovisão da Canção deste ano realiza-se em maio, em Lisboa. Para os dias 8 e 10, estão previstas as meias-finais. A final está agendada para o dia 12.
TEXTO: Duarte Lago