Tozé Brito preocupado com o futuro do Festival da Canção. “Vamos assistir a um recuo”

O músico e produtor Tozé Brito, que integrou o júri do Festival RTP da Canção, está preocupado com o futuro do concurso. “Posso estar muito enganado, mas, uma vez mais, penso que vamos assistir a um recuo”, afirmou.

O também administrador da Sociedade Portuguesa de Autores considerou que “aquilo que se tinha ganho com o Festival [da Canção] perdeu-se com o festival deste ano”, disse em entrevista à revista Blitz, numa alusão às acusações de plágio feitas na Internet a Diogo Piçarra.

Tozé Brito considera que as acusações tomaram “proporções absurdas”. E concretizou: “Não foi só o Diogo Piçarra. A canção que ganhou também já foi acusada de plágio e andam a vasculhar, a tentarem perceber se há mais plágios nas carreiras dessas pessoas. Isto é quase ridículo. Parece que os portugueses não têm mais do que fazer senão falar de futebol e de plágio”.

O compositor e produtor acredita que se vai assistir a um “recuo” no próximo ano. “Uma série de nomes que aceitaram o convite este ano, se forem convidados a escrever canções para o ano vão dizer que não se querem meter”, sublinhou.

Na mesma entrevista, Tozé Brito deixou ainda claro que o plágio “é absolutamente criminoso”. “Fica dito para que não haja confusões. Mas tem que ser um juiz a tomar essa decisão. Eu só posso esperar pela decisão do tribunal”, numa referência às críticas de que foi alvo, nomeadamente do produtor Luís Jardim, em entrevista à N-TV.

TEXTO: Nuno Azinheira

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