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Vencedora da Eurovisão acusada de se apropriar da cultura japonesa. “Isso não é diversidade”

Netta from Israel during press conference after won the Grand Final of the 63rd annual Eurovision Song Contest (ESC) at the Altice Arena in Lisbon, Portugal, 13 May 2018. Twenty-six finalists are competing to win the ESC 2018. MIGUEL A. LOPES/LUSA

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Netta Barzilai, representante de Israel e vencedora da Eurovisão, foi acusada de usar a cultura japonesa como um adereço durante a sua atuação e criticada pelo discurso de apelo à diversidade.

A cantora israelita é uma admiradora confessa da cultura japonesa e demonstrou isso mesmo durante a atuação em Lisboa. O quimono, o penteado, os gatos da sorte e as referências ao universo Pokémon são as influências orientais que mais saltaram à vista dos espectadores da Eurovisão, que acusam Netta de apropriação cultural.

“Posso perguntar se alguém já comentou a chocante apropriação da cultura japonesa que está a acontecer na música da Netta?”, questionou uma utilizadora do Twitter.

Na mesma rede social, Netta foi criticada pelo discurso de vitória, no qual agradeceu aos votantes por “escolherem diferente” e por “celebrarem a diversidade”. “Netta: ‘Celebrarem a diversidade’ – sabes que apropriação cultural não é diversidade, certo?”, pode ler-se no “tweet” de um telespetador do certame.

Por outro lado, houve quem saísse em defesa da intérprete do tema “Toy” e referisse que “apropriação cultural” está a ser confundida com “admiração cultural”.Houve ainda quem explicasse em que consiste a apropriação de uma cultura.

“Apropriação ocorre quando uma cultura dominante adota traços de uma cultura minoritária. Não considero que a cultura israelita seja dominante perante a cultura japonesa ou vice versa.”

TEXTO: João Manuel Farinha