Ana Sofia Martins: “Controlo mais a minha vida”

Ana Sofia Martins
Fotografia: Instagram Ana Sofia Martins

Dois anos depois de ter terminado o contrato com a TVI e lançar-se no mercado como agente livre, a atriz mostra-se satisfeita por poder trabalhar com todos os canais.

Foi há cerca de dois anos, uma semana antes da pandemia da Covid-19, que Ana Sofia Martins tomou a decisão de terminar o contrato com a TVI – que a catapultou para a carreira de atriz na novela “A Única Mulher” -, e ficar uma intérprete “livre”, pronta para aceitar qualquer desafio.

Seguiram-se cursos lá fora e uma co-produção italiana e, neste verão, a atriz esteve a rodar em Lisboa a série “Codex 632”, baseada no livro com o mesmo nome do jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos e que a RTP1 vai transmitir.

Em conversa com a N-TV, Ana Sofia Martins garante que não se arrepende da decisão de estar ligada a um só canal. “Até agora correu muito bem. É a primeira vez que estou a trabalhar com a RTP e estou super-contente e acho que essa decisão, antes da pandemia, de não ter contrato de exclusividade com nenhum canal, ajudou-me imenso”, começa por afirmar. “Posso fazer trabalhos diferentes, personagens diferentes, com métodos de trabalho e realizadores diferentes. Isso só nos enriquece a mim e às personagens”.

A andar de projeto em projeto, a intérprete garante que tem a vida profissional controlada. “Consigo ter estabilidade, têm aparecido projetos fora e agora o ‘Codex’ foi cá. Tenho feito ‘selftapes’ à mesma, estou à espera de umas respostas, é a vida a desenrolar-se, de uma maneira que controlo mais. Se tivesse de voltar a ter um contrato de exclusividade não sei, tinha que pensar, as portas ficam abertas…”

Depois das gravações de “Codex 632” pode seguir-se novo curso no estrangeiro. “Passei o verão a trabalhar, e estive agora a ver outra vez cursos online, quem sabe ir outra vez para Londres, ou para Espanha, para fazer um refrescamento de tudo? Depois dos projetos gosto sempre de fazer uma limpeza e provavelmente é o que vou fazer a seguir”.

O “alvo” está definido: “Procuro cursos de representação, sempre. Vejo o mínimo de três meses e vou para uma turma onde não conheço ninguém e ninguém me conhece. Normalmente estes cursos têm voz, dança, representação, análise de guião, são muito abrangentes e depois dos três meses sinto-me preparada para tudo. Há pessoas de todo o mundo e eu fico a saber como funciona o mercado dos países deles”.

Quanto à sua personagem em “Codex 632”, Ana Sofia Martins fala um pouco da sua “Vitória”. “Ela é muito misteriosa e tem adrenalina. A base desta história é o amor, a amizade e compreensão. Aborda temas muito atuais e acho que as pessoas vão sentir isso”.

E pontos semelhantes com o papel? “Os pontos parecidos… ela é uma defensora de causas, eu também, somos obstinadas as duas, mas eu quando as coisas começam a roçar a ilegalidade eu paro… e ela não”, brinca.

Como ingrediente para o possível sucesso do enredo, a atriz destaca os profissionais com os quais trabalhou. “O maior ingrediente é o Marco Medeiros, o nosso diretor de atores. Tivemos tempo para trabalhar e ele foi decisivo para eu encontrar a ‘Vitória’. Os ensaios com ele, o Paulo Pires e o Sérgio Graciano, o nosso realizador, foram muito bons”.