Entrevista a Cauã Reymond: “O Brasil está a viver uma panela de pressão com as causas sociais”

Fotografias: Divulgação Globo

Cauã Reymond esteve em Portugal a promover a nova série da Globo, “Ilha de Ferro” e, em entrevista à N-TV, falou sobre o enredo e as causas que movem atualmente o Brasil.

“Ilha de Ferro” está em exibição na Globo e Cauã Reymond, um dos maiores galãs da representação brasileira, esteve em Portugal para promover a série. Em entrevista à N-TV, o ator, que veio acompanhado pela mulher, Mariana Goldfarb, falou sobre “Ilha de Ferro” e o curso que teve de fazer para gravar.

“‘Ilha de Ferro’ é sobre uma plataforma de petróleo e faço o ‘Dante’, que domina a plataforma e que toda a gente acha que vai ser nomeado o grande diretor. Mas quem acaba a ganhar o cargo é uma mulher”, lembra Cauã Reymond.

“Discutimos machismo, empoderamento feminino e amor”, acrescenta o ator, que teve de fazer um curso específico para a trama. “Gravar numa plataforma é um desafio enorme para toda a equipa, maquilhagem, fotografia… tivemos de fazer um curso juntos e uma prova no final para pode estar naquele ambiente. Isso trouxe um sentido de unidade diferenciado ao grupo. Fomos muito unidos e é um projeto do qual tenho muito orgulho”.

Cauã Reymond

E, por falar em empoderamento feminino, o intérprete está particularmente atento ao tema, até porque é pai de uma menina, Sofia. “A minha mulher é muito atenta, eu também, tenho uma filha, então temos uma casa que está sempre a prestar atenção a isso. A minha filha já está a crescer numa época do empoderamento, portanto ela é empoderada!”

No Brasil, o tema é discutido na Sociedade. “Muitas escolas no Brasil, e a da minha filha em particular, têm uma relação muito boa com a sexualidade, a cor da pele, vivemos um momento mais rico do Brasil além do empoderamento feminino. Falamos sobre tudo, opção sexual, racismo, muitas causas juntas”.

“O país é uma panela de pressão nesse sentido e isso traz um amadurecimento direto e indireto. Podemos aprender por desejo, porque queremos, ou aprender simplesmente porque o país está a mudar e se não mudar você vai ficar parado no tempo”, remata Cauã Reymond.