Dez dias depois da morte do pai, José Carlos Malato assumiu esta sexta-feira a sua homossexualidade. O apresentador da RTP explica que não o fez antes “por respeito ao pai”.
“Na minha geração, há coisas que a gente não faz por respeito aos pais. Por respeito ao pai, que é diferente da mãe.” Foi esta a razão que levou José Carlos Malato, 54 anos, a nunca assumir publicamente a sua homossexualidade. Nunca se escondeu, mas também nunca falou abertamente do assunto. Até esta sexta-feira.
Uma semana depois de se ter despedido do pai, António Malato, que morreu no passado dia 1, vítima de cancro, o profissional de televisão publicou esta sexta-feira na sua conta de Instagram uma fotografia em que surge a beijar João Caçador, com quem manteve uma relação durante um ano e meio.
Malato lembra que “nas gerações mais recentes” esconder a orientação sexual “já não faz sentido”. “Porque os pais são diferentes, têm outra mentalidade, e os filhos têm a urgência urgente de ser felizes. Foram muitos anos”, escreve.
Na mensagem na rede social, Malato recorda o pai com a hashtag #saudadinhas. E termina a mensagem com uma frase em que pensa no progenitor. “Onde estiver, compreenderá, finalmente, todas as dimensões da palavra amor”.
A mensagem pública do apresentador da RTP gerou vários comentários de seguidores, a elogiar a atitude e desejar felicidades. Entre eles várias de figuras conhecidas dos portugueses. A apresentadora Filomena Cautela, a cantora Mónica Sintra e o comentador Flávio Furtado são alguns que deixaram comentários ao comunicador.
A relação entre José Carlos Malato e João Caçador, que foi pública durante um ano e quatro meses, com várias fotografias partilhadas nas redes sociais, e declarações públicas de amor, terá terminado no final do ano, mas o apresentador da RTP e o músico ter-se-ão aproximado nas últimas semanas.
Sem confirmar que estão de novo juntos, a publicação desta sexta-feira no Instagram parece não deixar dúvidas: o casal deu uma nova oportunidade à relação.
Percorra a fotogaleria e veja as imagens da relação de Malato com o fadista.
TEXTO: Nuno Azinheira