O homem dos músculos, das sete vidas, dos filmes impossíveis. O homem que quis ser político e se tornou Governador do Estado da Califórnia. O homem que se sentou na cadeira de Donald Trump, no concurso “O Aprendiz”, e que acabou a trocar galhardetes virtuais com o presidente dos Estados Unidos. Este homem, Arnold Schwarzenegger, chegou este domingo aos 70 anos.
Quando em março deste ano bateu com a porta do concurso “O Aprendiz Celebridades”, culpou Donald Trump. Ironia do destino: o hoje presidente dos Estados Unidos, republicano como Arnold, foi o homem que criou e fez sucesso do “reality” que tentava fazer dos concorrentes uns verdadeiros empresários de sucesso.
Na versão “celebridades”, desta vez, as coisas não correram bem. “Não é por causa do programa. Todas as pessoas que encontro dizem que adoram, mas que deixaram de assistir quando viram o nome de Trump nos créditos. Quando as pessoas descobriram que ele ainda estava envolvido na produção e que ainda recebia dinheiro pela transmissão do programa, metade dos espectadores começou a boicotar”, disse o ator, em entrevista à revista “Empire”.
Na média acumulada de março o programa perdeu cerca de cinco milhões de espectadores por sessão, em relação aos seus números habituais.
Poucos dias depois, Arnold e Trump trocaram farpas públicas nas respetivas contas de Twitter. O presidente dos Estados Unidos lamentou o “triste fim para um ótimo espectáculo”, por causa das “patéticas audiências”.
Arnold Schwarzenegger respondeu à letra e recomendou a Trump que contratasse um novo guionista de piadas.
Aos 70 anos, Arnold Schwarzenegger está longe de se preparar para ficar parado a gozar a sua reforma milionária. Já tem anunciada a sua presença em vários filmes, alguns deles em pré-produção, outros em fase mais adiantada.
Trinta e três anos depois, a saga “Conan” prepara-se para ter um epílogo. Depois de “Connan e os Bárbaros” (1982) e “Connan, o Destruidor” (1984), vem aí “A Lenda de Connan”. O filme está anunciado há pelo menos cinco anos, mas agora sim parece que o projeto pode finalmente vir a sair da gaveta.
TEXTO: Nuno Azinheira
