Olivia De Havilland processou Ryan Murphy por difamação. Em causa, a minissérie de televisão “Feud”, na qual o criador colocou a personagem que representa a atriz a chamar a irmã, a também atriz Joan Fontaine, de “vadia”.
“A série do FX coloca palavras na boca da Sra. De Havilland que não correspondem à realidade e à reputação que ela construiu ao longo de 80 anos de vida profissional”, disseram os advogados de Olivia De Havilland. A argumentação não foi suficiente para qye a atriz, hoje com 101 anos, tivesse vencido o processo contra Ryan Murphy.
Em causa esteve um momento da primeira temporada da minissérie “Feud”, no qual a personagem que representava De Havilland (interpretada por Catherine Zeta-Jones) chamou a irmã, a também atriz Joan Fontaine, de “vadia”. Apesar de não negar a rivalidade que sempre existiu entre as duas, Olivia garante que nunca “disse tal coisa” sobre Fontaine – que morreu em dezembro de 2013.
Além disso, “o FX não pediu autorização da Sra. De Havilland para usar o seu nome ou a sua identidade e ela não foi compensada por tal uso”, justificaram ainda os representantes legais da atriz.
Ryan Murphy, que assina a história ao lado de Jaffe Cohen e Michael Zam, afirmou que a vitória em tribunal “dá espaço para os criadores respirarem e contarem histórias importantes inspiradas em eventos verdadeiros”. “Acima de tudo, é um ótimo dia para a expressão artística, e um lembrete do quão preciosa pode ser a liberdade criativa”, acrescentou.
“Feud” mostra, em cada temporada, a rivalidade existente entre figuras conhecidas do grande público. A primeira centrou-se em Bette Davis (Susan Sarandon) e Joan Crawford (Jessica Lange) e a segunda, ainda por estrear, entre a princesa Diana e o príncipe Carlos.
TEXTO: Ana Filipe Silveira
