Casamento real: Emoção e vivas “aos noivos” na união da Infanta

(Zed Jameson / Global Imagens)

Cerca de dois milhares de pessoas assistiram esta tarde ao casamento de Maria Francisca de Bragança com Duarte Maria.

“Posso saber onde arranjou essa bandeirinha?”. A pergunta de uma curiosa em frente ao Palácio Nacional de Mafra, onde esta tarde a infanta Maria Francisca de Bragança se casou com o advogado Duarte Maria, adequa-se ao espírito vivido no local, que reuniu perto de duas mil pessoas, muitas delas curiosas, monárquicos e alguns ranchos folclóricos e bandeiras azuis e brancas que compuseram o evento – em contraponto com a bandeira republicana no cimo do palácio.

Eram 15.32 horas quando a infanta surgiu na passadeira vermelha do monumento, com um vestido de seda, véu, cauda e buquê de flores brancas. A jovem, de 26 anos, usou um diadema de D. Amélia, a última rainha de Portugal e ainda uma pulseira que pertenceu à rainha e que agora é pertença de amigo da família de Bragança.

Acompanhada pelo pai, D. Duarte, Maria Francisca subiu a longa escadaria ao som dos sinos e de alguns monárquicos mais entusiasmados a gritar “vivam os duques, vivam as altezas, vivam os noivos”. Cá fora, o povo assistiu ao casamento através de um ecrã gigante com a transmissão da TVI mas, mais tarde, teve oportunidade de estar mais próximo dos noivos durante a partilha do bolo (já lá vamos).

No interior da igreja esperavam-na o noivo, Duarte Maria, além de 1200 convidados, de muitas nacionalidades e de outras famílias reais: Liechtenstein, Bélgica, França ou Luxemburgo. Na lista também estiveram elementos da nobreza italiana e de países católicos do Sul, bem como parte da aristocracia brasileira.

Estiveram ainda presentes representantes das ordens de Malta, do Santo Sepulcro de Jerusalém, da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e de Santa Isabel.

Um dos momentos mais emocionantes da cerimónia presidida pelo cardeal patriarca, Manuel Clemente, foi o momento em que, ao ouvir um cante alentejano, a infanta entregou o ramo de flores a Nossa Senhora da Soledade. A soprano Maria Isabel Seabra Vilallonga interveio em vários momentos da celebração e D. Dinis, o filho mais novo de D. Duarte, leu algumas passagens bíblicas.

Faltavam dois minutos para as cinco da tarde quando os noivos saíram da basílica do Palácio Nacional de Mafra e cortaram o primeiro de dois bolos de noiva com uma espada e distribuíram-no pelo povo, como tinham prometido. A emoção tomou conta dos presentes, que voltaram a saudar o jovem casal. Seguiu-se um cocktail para os convidados.