Judite Sousa: “Não saí por causa de uma depressão”

Em entrevista, a jornalista, que abandonou a TVI esta semana, garante que ainda não tem planos para o futuro. E diz que as ligações à RTP “são normais nestas fases”.

A notícia caiu que nem uma “bomba” a meio da semana, embora há meses que a rescisão de contrato já estava alinhavada com a TVI: Judite Sousa abandonou a estação na qual esteve durante oito anos, altura em que se transferiu da RTP com José Alberto Carvalho.

À N-TV, garante que ainda não sabe o que vai fazer a seguir. Mas é clara noutras respostas: não saiu da empresa por causa de uma depressão e facilmente lhe vêm à memória os momentos mais importantes passados nos estúdios de Queluz de Baixo.

“Sim, saí da estação por minha livre iniciativa, mas em acordo com a TVI”, começa por referir a jornalista, para elucidar que tomou a decisão “formalmente, há cerca de três meses”.

Apesar da especulação de que uma alegada depressão – que a terá tirado dos ecrãs -, estaria na origem do abandono da TVI, a profissional é clara: “Não é verdade”.

E o que se segue? As notícias relatam a possibilidade de escrever um livro e Cristina Ferreira garantiu no programa matinal da SIC que poderia viajar, mas Judite Sousa fecha-se em “copas”. “Não faço a mínima ideia”, diz à N-TV.

Sobre um possível regresso à RTP, dado à estampa por alguma Comunicação Social, a jornalista desvaloriza. “Essas especulações são normais nestas fases”.

Na memória ficam os oito anos a apresentar o “Jornal das 8” e a sair da redação para fazer reportagens pelo Mundo.

“Tantas memórias… confrontos em Atenas, casamentos reais, Campeonato Europeu em Paris, eleições Francesas, eleições do Brasil, resgate Tailândia, crise na Venezuela, espaço de Marcelo Rebelo de Sousa”, elege.

Mas houve momentos conturbados, como a discussão com um repórter de imagem no Brasil e a reportagem nos incêndios em Pedrógão Grande, quando se colocou perto de uma vítima carbonizada. “As críticas fazem parte desta indústria”, defende-se.

No último ano, a TVI perdeu as audiências para a SIC, também, na Informação, mas Judite Sousa relativiza: “São ciclos. É preciso resiliência”, garante.

Finalmente, um agradecimento especial a dois amigos e colegas: a José Alberto Carvalho, que lhe dedicou algumas palavras no “Jornal das 8”, e a Sérgio Figueiredo, o seu diretor de Programas. “Vi e ouvi (n.r.: o texto lido em direto por José Alberto Carvalho), claro. São muitos anos juntos. Desde o Monte da Virgem”. Ela que nos últimos dias tem sido “mimada” por antigos colegas, como Vítor Gonçalves, profissional da RTP, que garante ser a “profissional mais completa” que conheceu em Televisão.

Sobre Sérgio Figueiredo fica a marca de um companheiro de profissão para a vida.

“Claro que sim. Foi meu diretor quatro anos, apoiou-me sempre, nomeadamente em público, e viveu de perto, a meu lado, momentos muito difíceis com uma compreensão extrema”.

 

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