“Surviving R. Kelly” estreou-se com polémica. John Legend acusa cantor de ser “um abusador de crianças”

“Surviving R. Kelly”, o documentário que se foca nos escândalos sexuais em que o músico norte-americano R. Kelly está envolvido, já está a gerar polémica. O cantor John Legend acusa R. Kelly de ser um “abusador de crianças”.

A minissérie documental, que dá voz às vítimas que acusam R. Kelly de abusos sexuais, tinha como objetivo trazer artistas conhecidos que tivessem trabalhado com o cantor, mas apenas dois decidiram participar. A produtora executiva afirma que quando procurou “celebridades, foi incrivelmente difícil encontrar pessoas que tivessem trabalhado com R. Kelly e quisessem falar”. “Pedimos a Lady Gaga, a Erykah Badu, a Celine Dion, a Jay-Z e a Dave Chapelle”, enumerou Dream Hampton, mas só os cantores John Legend e Stephanie “Sparkle” Edwards responderam ao pedido.

Depois de ver Dream Hampton a apelidar Legend de “herói” por aceitar falar, o cantor de “All of Me” respondeu no Twitter, afirmando que foi uma “decisão fácil”. “Acredito nestas mulheres e não estou interessado em proteger um abusador de crianças”.

John Legend num concerto, em Portland, no ano passado.

Já Stephanie “Sparkle” Edwards comparou R. Kelly a Bill Cosby, o ator e apresentador que foi condenado a dez anos de prisão, em setembro do ano passado, por abusar sexualmente de uma mulher em 2004.

R. Kelly é acusado de abusar de menores e de se ter casado de forma ilegal com a cantora Aaliyah, quando esta tinha apenas 15 anos. Em 2006, já tinha ido a tribunal por usar pornografia infantil mas não foi condenado. Agora, vê-se também acusado de participar num culto sexual com menores. Estes escândalos fizeram com que as plataformas de “streaming” Spotify, Apple Music e Pandora retirassem as músicas de R. Kelly dos seus catálogos.

A série “Surviving R. Kelly” é composta por três episódios, todos focados nos escândalos sexuais de que o músico foi alvo. Os outros dois capítulos, de uma hora cada, serão exibidos esta sexta-feira e sábado, nos Estados Unidos.

Antes da estreia, o músico tinha ameaçado processar o canal Lifetime se insistisse em exibir o programa.

TEXTO: Bárbara Mota

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