James Toback sobre as mais de 300 mulheres que o acusam de assédio sexual: “Vadias mentirosas”

James Toback. Fotografia: Alessandro Bianchi/Reuters

O argumentista e realizador James Toback concedeu declarações à revista “Rolling Stone” para se defender das mais de 300 mulheres que o acusam de assédio sexual.

Durante uma conversa telefónica com um jornalista da “Rolling Stone”, James Toback negou todas as acusações. Garante que não conhece quem as alegadas vítimas de assédio sexual e chama-as de “vadias mentirosas”.

“Só quero cuspir na cara de qualquer pessoa que diga isso sobre mim”, diz o realizador norte-americano de filmes como “De Tanto Bater o Meu Coração Parou”, “Black and White” ou “O Ás do Engate” e do documentário “Tyson”. “Ninguém que trabalhou comigo ou que me conhece diria algo assim. Ninguém”, frisa.

As acusações surgiram há cerca de uma semana, com 38 mulheres a descreveram ao jornal “Los Angeles Times” casos de assédio sexual de que foram alegadamente vítimas por parte de Toback. Atualmente, são mais de 300, incluindo Selma Blair, Rachel McAdams e Julianne Moore.

Louise Post, vocalista e guitarrista do grupo Veruca Salt, e a atriz Adrienne LaValley, que participou na série de TV “Quantico”, são duas delas. “Ele disse-me que nada lhe daria mais prazer do que masturbar-se enquanto olhava para mim”, contou. “Tentou esfregar-se na minha perna”, apontou LaValley. “Senti-me como uma prostituta, totalmente dececionada comigo mesma”, acrescentou.

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O argumentista de 72 anos, nomeado para um Óscar por “Bugsy” (1991), com Warren Beatty, referiu à “Rolling Stone” que é “tudo estúpido demais” para que “perca tempo a responder”.

TEXTO: Ana Filipe Silveira